LACNIC: governo, teles e universidades são agentes fundamentais para implementação do IPv6

21/07/2023

LACNIC: governo, teles e universidades são agentes fundamentais para implementação do IPv6

Por Mayara Figueiredo  

Publicación original: DPL News

Atualmente, a implemetação do IPv6 na América Latina está na média dos 30%. Imagem: reprodução

Webinar promovido em parceria com a DPL News reuniu especialistas destes setores na Argentina, no Brasil e Panamá para falarem de suas estratégias para implementação do novo protocolo de internet.

Além de não ser uma questão de simples solução, a implementação do IPv6 vai além de uma decisão governamental: depende da atuação de diferentes agentes sociais, mudança de mindset e muita educação sobre o tema; aspectos que foram bastante frisados no webinar “Quem deve participar da implementação do IPv6?” promovido pela LACNIC na tarde desta quarta-feira, 19. Casos estratégicos e de boas práticas foram apresentados por representantes de setores como governo, telcos e universidades do Panamá, da Argentina e do Brasil, respectivamente.

“Mais do que desejável, a implementação do IPv6 hoje é necessária e estratégica, uma vez que possibilita a conexão entre todos os dispositivos e pessoas, maior rastreabilidade e suporte do tráfego de internet”, explicou Oscar Robles, diretor da LACNIC.

Lançado em 2012, o IPv6 é a versão mais recente do chamado Internet Protocol, o protocolo padrão usado para a comunicação entre todos os computadores ligados à internet. Além de permitir a contínua expansão da internet, o IPv6 corrige falhas de segurança da versão anterior, o IPv4, e possibilita que novos serviços digitais sejam desenvolvidos.

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Atualmente, segundo Robles, sua implementação na América Latina está na média dos 30% com destaque para o Brasil, México e Uruguai próximos aos 50% em seus territórios, enquanto outros países da América Central e Caribe, estão muito abaixo da média da região.

Panamá e a implementação pelo governo

Zueline Aguilar, da AIG Panamá (Autoridade Nacional para a Inovação Governamental), falou sobre como chegar ao processo de transição do IPv4 para o IPv6 nos órgãos públicos. Atualmente esse processo no Panamá está em 2% e Aguilar reforça que estão seguindo um planejamento para alcance de metas pré-estabelecidas e estrategicamente alinhadas com o plano Panamá Digital. Para tal, ela destacou quatro razões pelas quais o governo entendeu a importância da implementação do IPv6 para impulsionamento tecnológico do país.

“Em primeiro lugar, é preciso apresentar a necessidade e seus benefícios para o futuro. Já sabemos que o endereço de IPv4 está esgotado desde 2019, o que limita o desenvolvimento e a inserção da banda larga 5G, uma vez que essa tecnologia exige melhores recursos para conectividade. Em termos de país, temos que estar preparados”, disse.

As opiniões expressas pelos autores deste blog são próprias e não refletem necessariamente as opiniões de LACNIC.

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