A Internet tornou-se indispensável perante a crise sanitária.
31/03/2020
A Internet
tornou-se uma ferramenta fundamental perante a crise sanitária causada pelo
coronavírus.
A quarentena
na região e a suspensão das aulas, fez com que o uso da conexão residencial aumentasse,
bem como o teletrabalho e o comércio eletrônico.
Carlos Martínez, CTO do LACNIC, frisou o papel da Internet neste momento
de emergência sanitária como o de ferramenta de “aproximação social virtual” perante
o isolamento físico imposto pelas autoridades para evitar o contágio do vírus.
De que forma
a Internet pode ajudar neste tipo de crise sanitária?
De várias
maneiras. Creio que neste momento a Internet é fundamental para poder sustentar
o isolamento social necessário para controlar a propagação do vírus.
O
teletrabalho vai ser a chave para sustentar a atividade econômica, da mesma
forma que o comércio eletrônico e que todos os serviços financeiros online. Sem estas ferramentas, qualquer
restrição de sair às ruas seria muito difícil de implementar.
As
plataformas de e-learning vão permitir que as crianças e os estudantes não
percam tanto tempo de aula, como também as plataformas de streaming e as redes
sociais vão fazer com que possamos passar o tempo da melhor maneira possível.
(Acesso livre, não requer assinatura)
Finalmente
não devemos nos esquecer das diversas ferramentas de comunicação, como
videoconferências, ligações, mensagens, etc., que nos permitirão estarmos
próximos de nossos seres queridos, a pesar da distância.
A conexão da
região é boa para ajudar nestas situações?
A conexão dos
diferentes provedores da região melhorou muito nos últimos anos,
particularmente a nível de backbones e de transição.
Finalmente
não devemos nos esquecer das diversas ferramentas de comunicação, como
videoconferências, ligações, mensagens, etc., que nos permitirão estarmos
próximos de nossos seres queridos, a pesar da distância.
A conexão da
região é boa para ajudar nestas situações?
A conexão dos
diferentes provedores da região melhorou muito nos últimos anos,
particularmente a nível de backbones e de transição.
No entanto,
no que refere a acesso certamente poderão ocorrer situações díspares. Aquelas
operadoras que implementaram redes de fibra em residências com certeza
conseguirão enfrentar, sem maiores problemas, a demanda que aumentou. As redes
de acesso por DSL talvez sofram mais um pouco, da mesma forma que as redes
móveis.
É muito
positiva a ampla implementação das redes móveis LTE na região, já que a telefonia
celular vai permitir a cobertura de uma parte desta demanda que aumentou.
Houve aumento
do tráfego durante a quarentena nos países da região?
Há relatórios
disponíveis na Internet procedentes de diferentes operadoras e de alguns pontos
de intercâmbio de tráfego. Todos fazem referência ao aumento de tráfego dentre
25% e 35%.
Foi possível
manter uma boa conexão a pesar da demanda ter sido maior nestes dias?
Creio que até
este momento a experiência continua sendo muito boa. Talvez tenham existido
pequenos empecilhos aqui ou ali, porém na maioria dos casos, a Internet na
nossa região vem lidando muito bem com esta conjuntura tão fora do comum.
O fato de haver
maior volume de tráfego aumenta a vulnerabilidade? Deveríamos ser mais precavidos?
Há uma grande
incógnita, pensando no futuro, referente à manutenção das redes e dos sistemas
em geral. Toda implementação de rede requer manutenção. Os cabos deterioram-se com o tempo e os
portos de redes e line cards ficam velhos e precisam ser trocados.
Em um cenário
de importantes restrições de movimentos e de transporte de bens, o próprio
envelhecimento dos equipamentos pode ser um fator que conspire contra o bom
funcionamento da Internet na região.
Temos que lembrar
que muito pouco do equipamento utilizado pelas operadoras é fabricado na mesma região
à qual elas pertencem, a maior parte provém de outros lugares.