Um sinal de alarme
28/11/2014

“A região não está preparada” para usar o IPV6 porque a grande maioria dos operadores e organizações da América Latina e o Caribe está “esperando que seus recursos IPv4 acabem” para “começar a pensar” no último protocolo da Internet, garante de forma acentuada Jaris Aizprúa, engenheiro na Huawei e participante ativo das oficinas de IPv6 de LACNIC.
Jaris afirma que as organizações deveriam tomar consciência hoje da necessidade do IPv6 “e não quando começarem a se esgotar suas reservas de IPv4”.
Em diálogo com LACNIC News, Aizprúa afirma que o primeiro passo para o IPv6 deve ser uma capacitação sobre o imperativo de usar esse protocolo.
-O grande desafio é usar o IPv6 após o esgotamento do IPv4. A região está preparada? Tem sido realizado o esforço suficiente para evitar o freio do desenvolvimento da Internet?
Sobre estar preparados, eu acho que não, já que temos esperado o esgotamento dos recursos IPv4 para começar a pensar no IPv6.
– As empresas da região estão cientes da necessidade de usar o IPv6?
A maioria ainda não, já que ainda dispõem de recursos IPv4 suficientes como para pensar no IPv6; de fato, uma vez que ainda têm conexão à Internet, ficam despreocupados do IPv6.
(Acesso livre, não requer assinatura)
-O que você considera que faz falta para impulsionar o último protocolo da Internet na América Latina?
As pessoas deveriam tomar consciência hoje da necessidade do IPv6 e não quando começarem a se esgotar suas reservas de IPv4; a capacitação é uma questão prioritária, não tanto do ponto de vista técnico mas especificamente sobre a necessidade do IPv6.
-Em sua opinião, o que pode acontecer na região se alguns países avançarem mais do que outros na implementação e uso do IPv6?