Os preços de conectividade à Internet baixaram 22% na região
14/10/2021
A América Latina e o Caribe dobraram a quantidade de pontos de troca de tráfego na Internet no último quinquênio, e os preços baixaram cerca de 22% nos últimos três anos, segundo informou Anahí Rebatta, analista de pesquisa em TeleGeography durante a sua apresentação no LACNOG 2021. “Os preços manterão uma tendência à baixa” no futuro, ratificou a especialista.
Rebatta, especializada em análise de tráfego internacional de Internet, infraestrutura de rede e análise de tráfego de voz com foco nos mercados latino-americanos, sinalizou que atualmente 71 cabos submarinos fornecem serviço de conectividade aos países da América Latina e o Caribe.
De acordo com o gráfico apresentado por Rebatta, na América Latina foram investidos 1200 milhões de dólares em cabos submarinos entre 2018 e 2020, e espera-se que sejam investidos 8 mil milhões durante 2021-2023.
Aos 71 cabos de serviço conectados aos países da região, devemos somar 10 novos projetos que estão a caminho (ver imagem).
Outro elemento importante para a região é a presença de 102 pontos de troca de tráfego. A Argentina e o Brasil são os países com maior número de IX.
Preços. Rebatta analisou o transporte de seis rotas nos últimos três anos e concluiu que em média os preços baixaram 22% nesse período. “Os preços na região estão convergindo, segundo a pequena mostra de rotas. A maioria das transações estão nesta faixa, isto deve ser usado como referência”, acrescentou a especialista.
Conforme sua análise, os preços nos mercados chaves reduziram em média 25% do ano 2018 ao ano 2021. Se considerarmos o períodos do último ano a redução média foi de 33%.
Ao analisar mercado a mercado, Rebatta pôs como exemplo São Paulo porque possui a maior conectividade internacional. “(São Paulo) posicionou-se como número um na Internet com 13,6 teras por segundo, isso representou um crescimento de 25% de 2017 a 2021”. Apontou a especialista em tráfego internacional da Internet.
Em segundo lugar com 13,3 teras, localizou-e Buenos Aires com vários centros de dados. Os cabos não aterrissam em Buenos Aires, mas em cidades com serviço”, comentou.
Rebatta concluiu que os preços de mercado das telecomunicações sempre tiveram essa tendência. “Às vezes nos perguntamos como é que as companhias crescem, e é por causa do volume. Os preços baixam, mas vendemos mais volume. A tendência na América Latina continua igual a da América do Norte, Europa e Ásia, e a tendência é baixar, não sabemos o quão rápido vai baixar, tudo depende da concorrência, e da estrutura e infraestrutura que houver”, sentenciou a analista da TeleGeography.