Governos da região ajudam a promover a implementação do IPv6
20/12/2017
Os governos da região, bem como as organizações, tomaram consciência da necessidade de acelerar a implementação do IPv6 para acompanhar o crescimento da Internet. Assim, as entidades governamentais se juntaram com políticas públicas para facilitar o caminho para a última versão do protocolo IP da Internet.
O Peru e a Colômbia foram vanguarda neste ano com resoluções que procuram que as entidades estatais adotem o IPv6 em suas infraestruturas tecnológicas, permitindo assim um maior desenvolvimento da Internet e a implementação de redes de última geração. Além disso, os dois governos encorajaram às organizações privadas a continuarem pelo mesmo caminho.
“Os governos estão cada vez mais cientes da importância da promoção do IPv6 e estão impulsionando instrumentos e ferramentas como decretos e resoluções”, disse César Díaz, líder de Relações Estratégicas e Telecomunicações de LACNIC.
No caso do Peru, o Presidente da República mandou fazer um plano de transição para o IPv6, com uma estratégia de implementação e prazos que devem ser cumpridos pelas organizações públicas peruanas (http://www.pcm.gob.pe/wp-content/uploads/2017/08/DS_N_081-2017-PCM.pdf )
Do outro lado, na Colômbia, o Ministério das Tecnologias da Informação ditou uma resolução para que as organizações públicas e privadas desse país adotem o IPv6 nas suas redeshttp://www.mintic.gov.co/portal/604/articles-61192_recurso_1.pdf.
Essas medidas abordaram questões como a eficiência das redes públicas, a licitação de equipamentos habilitados com IPv6, o governo eletrônico, entre outras. Além disso, diz Kevon Swift de LACNIC, “essas resoluções visam identificar os problemas associados à dinâmica do mercado e tentar antecipar”.
Swift salienta uma mudança de percepção sobre o IPv6, tanto nos governos quanto nas organizações privadas. “Hoje já é considerada como uma decisão estratégica. Mas antes era vista como uma questão muito técnica que se enfrentava com decisões financeiras. Agora são cientes que sem o IPv6 o desenvolvimento da Internet é limitado”, disse o líder das Relações Estratégicas e Integração de LACNIC.
Este ano, LACNIC realizou 1462 designações de blocos IPv6 após um intenso trabalho de promoção deste protocolo. Além das capacitações presenciais e no seu campus, LACNIC organizou visitas de alto nível na Colômbia, Guiana, Suriname e recentemente nas Bahamas mediante sua participação em um seminário com ministros de responsabilidade das TIC no Caribe.
O IPv6 está se movimentando. Os últimos indicadores mostram que a alocação de recursos e as atividades de formação desenvolvidas por LACNIC foram efetivas e houve um crescimento significativo no tráfego IPv6.
Segundo as últimas estatísticas disponíveis, pelo menos 10 países já têm tráfego no IPv6 maior a 5.0 %: a Guatemala, Uruguai, Trinidade e Tobago, Brasil, Equador, Peru e México; e maior a 4.5%: a Argentina e Bolívia.
Outro fato relevante é que 5 países da região de LACNIC estão entre os primeiros 20 do mundo com maior tráfego IPv6, de acordo com as estatísticas do Google.
A região de LACNIC é a que tem o maior número de clientes com endereços IPv6 (90.37%) segundo as estatísticas disponíveis em https://www.nro.net/wp-content/uploads/NRO_Q3_2017.pdf
As opiniões expressas pelos autores deste blog são próprias e não refletem necessariamente as opiniões de LACNIC.