Análise das transferências de endereços IPv4
31/05/2021
As transferências de blocos de endereços IPv4 entre organizações da região do LACNIC, bem como transferências para operadoras de outros Registros Regionais da Internet (RIRs), mostram um comportamento crescente desde o seu começo.
Segundo uma análise apresentada no LACNIC 35 por Gianina Pensky, líder de serviço de Registro do LACNIC, a Argentina é o país que mais blocos transferiu, tanto a nível regional (Intra RIR) quanto a territórios de outros registros (Inter RIR).
As transferências de recursos IPv4 dentro da região estão habilitadas desde março de 2016, por políticas aprovadas pela comunidade do LACNIC e ratificadas pela Diretoria do RIR da América Latina e Caribe. Enquanto as transferências de recursos IPv4 fora da região foram implementadas em julho do ano passado. É importante destacar que no caso das transferências inter RIR, o staff do LACNIC em cooperação com os NIRs do México e do Brasil, realizou um intenso trabalho que impactou em pelo menos 15 sistemas desenvolvidos pelo LACNIC, dentre eles o Whois, MiLACNIC, RPKI, IRR, DNS reverso e outros.
Cresce ano a ano. Desde 2016 até abril, as estatísticas de transferências dentro da região mostram um “comportamento crescente”, afirmou Pensky.
Na análise a nível regional por país, o Brasil teve o maior número de transferências e foi o país que mais endereços IP transferiu, seguido pela Argentina. Por receptor o Brasil também foi o que teve maior número de transferências e o que recebeu a maior quantidade de IP.
Argentina é o país que perdeu mais endereços, comparando com outros países, atingindo quase 100 mil IP; depois segue o Panamá com 95 mil.
Até o mundo. Nas transferências Inter-RIR foram feitas 7 transferências para a região do LACNIC e 19 blocos saíram para outras regiões, totalizando 26 transferências.
Referente às transferências salientes, a Argentina liderou o ranking, enquanto o Brasil foi o que mais teve transferências entrantes.
As opiniões expressas pelos autores deste blog são próprias e não refletem necessariamente as opiniões de LACNIC.