A pandemia turbinou o uso do IPv6 na região

30/06/2020

A pandemia turbinou o uso do IPv6 na região

A imagem ilustra o grande desafio. A Internet sem diminuir sua velocidade, deve acelerar seu caminho para o IPv6. Caso contrário, correrá o risco de frear de forma intempestiva com final incerto no acostamento.

Os endereços IPv4 já deixaram de ser uma opção para o crescimento da rede, o único caminho é ir pela via da tecnologia IPv6.

Oscar Robles, diretor executivo do LACNIC, fez essa analogia durante a abertura do webinar organizado pelo LACNIC, para comemorar o oitavo aniversário do lançamento mundial do IPv6 e o dia do IPv6.

A imagem não é perfeita, esclareceu Robles, mas ilustra o desafio que representa: trocar o pneu (do IPv4 para o IPv6) enquanto o carro continua andando.

 “A transcendência desta implementação é procurar um convívio do IPv4 para o IPv6 para assegurar a interconectividade”, acrescentou o CEO do LACNIC.

Sobe aos poucos. Fred Baker, vinculado à organização que desenvolve os padrões para a Internet (IETF), apontou no webinar que, de 1728 drafts sob análise da Internet, 704 deles incluem tópicos sobre o IPv6.

Em relação ao tráfego do IPv6 no mundo, baseado nas estatísticas do Google, Baker disse que 69 países mostram 5% ou mais de IPv6 enquanto 12 países apresentam 40% ou mais de tráfego. Referente à América Latina, disse que há 10 países com mais de 5% de tráfego com IPv6.

(Acesso livre, não requer assinatura)

Alejandro Acosta salientou que no LACNIC a implementação do IPv6 é promovida de forma segura. Fez uma classificação das possíveis ameaças e sinalizou que, mesmo que com algumas especificações, geralmente se comportam de forma semelhante às ameaças sofridas pelo IPv4.

Durante o webinar, Tomas Lynch defendeu a robustez do IPv6 e disse não entender o receio a sua implementação. “Há 30 anos que foi desenvolvido e ao menos 15 anos que todo o mundo pode suportá-lo, as equipes de rede, os laptops, incluindo Windows, etc. Por que temer? Fico com essa pergunta porque apesar de tudo, os clientes que também têm IPv6, quando fazem a solicitação de um serviço, o fazem do IPv4 para o IPv6”, disse Lynch.

Em meio à pandemia. Durante a sua exposição, Carlos Martínez, gerente de tecnologia do LACNIC, apresentou as cifras atualizadas de tráfego na região e fez uma menção especial sobre o que aconteceu durante a pandemia pelo coronavírus. Apresentou um gráfico, mostrando o número de implementações realizadas pelo registro do LACNIC e quantas dessas implementações estão visíveis na tabela de roteamento do IPv6. “Quase 49% das implementações estão visíveis, e isso vem aumentando, estava em trinta e poucos há dois anos e agora está em quase 49%”, disse Martínez.

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