Conversas com o WARP: redes sociais

23/12/2015

Conversas com o WARP: redes sociais

O Warning Advice and Reporting Point de LACNIC emitiu uma série de recomendações sobre segurança e privacidade no uso das redes sociais.

Muitas crianças, adolescentes e até adultos desconhecem os riscos que enfrentam ao entrar nas redes sociais.

Por isso o centro de segurança de LACNIC propõe levar em conta certas considerações para não usar essa ferramenta da Internet tão valiosa de forma indevida.

Graciela Martínez, responsável pelo WARP de LACNIC, afirma que todo o benefício da intercomunicação através das redes sociais, também pode ser arriscado, se o usuário não construir uma estrada cuidadosa.

“O que nós compartilhamos nas redes sociais é tudo, nossa família, nossos gostos, sentimentos, amigos, amigos dos amigos. Então devemos ser extremamente cuidadosos”, adverte Martínez.

A primeira recomendação é quando configuramos o nosso perfil. As redes sociais fornecem ferramentas para fazê-lo de forma correta. “Nós temos que ser tão restritivos quanto possível e pensar nesse momento: eu colocaria uma foto minha na rua com meu endereço e número de telefone? Certamente que não”, exemplifica a especialista de LACNIC.

Uma das maiores dificuldades é que os usuários não são realmente cientes de quanto “ficam nus em uma rede social”.

Outro conselho do WARP é que não sejam aceitas pessoas desconhecidas nas redes sociais. “Basta que seja amigo de um amigo? Não devemos tomar o número de amigos como uma medida de popularidade. Não é um problema de quantidade, mas de qualidade”, acrescenta Martínez.

Uma pessoa quando não for seletiva com os amigos que aceita, pode provocar uma invasão de sua privacidade.

Ao selecionar, alerta a responsável do WARP, tem que tomar cuidado porque também existem perfis falsos “usados por pedófilos, que chegam perto dos mais vulneráveis, as crianças e adolescentes”.

Como controlar às crianças? Os pais –aconselha Martínez- não deveriam deixar que seus filhos mentissem a idade nas redes sociais e também deveriam controlar seus perfis. “Uma criança não pode criar seu perfil em uma rede social e navegar como se fosse um adulto”, sentencia.

As câmeras web são um perigo para as crianças pelos possíveis vínculos com estranhos. “Dialogar com eles é a melhor ferramenta para que conheçam a verdade”, sugere Martínez.

As redes sociais muitas vezes são usadas para espalhar vírus ou links maliciosos. Você pode baixar um vírus involuntariamente, por isso, se um usuário não tem certeza da fonte, não deve clicar. Temos também de ter todo o software atualizado como também programas de antivírus.

A que mais estamos expostos? À usurpação de identidade. Tem havido muitos casos deste tipo. Usuários que criam perfis com fotos de outras pessoas. Nestes casos, há procedimentos de denúncia segundo cada rede social.

Os usuários que são afetados pela possível violação da sua privacidade ou identidade ou sofram incidentes de segurança informática nas redes sociais, devem redigir o relatório desde a sua própria rede e também podem apresentar o seu caso nos Centros de Resposta a Incidentes em Segurança Informática (CSIRT) de seu país pó ao próprio WARP.

O WARP de LACNIC é uma equipe coordenadora e facilitadora da gestão de incidentes de segurança informática que colabora com organizações envolvidas na luta contra o crime cibernético e outros CSIRT na gestão dos problemas que enfrentam os membros da comunidade na região.

Nestes casos o WARP pode eventualmente fazer de intermediário entre o usuário afetado e a rede social na que sofreu o incidente, afirmou Martínez.

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