Propõem seis propostas de políticas da Internet na região
28/04/2016
Seis propostas de políticas sobre a administração dos recursos de numeração da Internet na região serão analisadas e discutidas durante o Fórum Público de Políticas de LACNIC a ser realizado no evento de Cuba, na primeira semana de maio.
As propostas, apresentadas por membros da comunidade, já foram objeto de troca de opiniões na lista de correio de Políticas de LACNIC. Se for atingido o consenso em Cuba, continuará o processo para sua implementação final. O fórum é aberto ao público e a todos os interessados em participar.
As propostas a serem debatidas.
Apenas um protocolo. Juan José Gaytán Hernández Magro, de Alestra, propõe a resolução da conectividade IPv4 para IPv6 quando apenas for suportado um dos protocolos. Promove que seja estabelecida uma recomendação ou posição para os casos de conflito de conectividade de uma rede ou Carrier que somente suporta IPv4 e queira se comunicar com outra rede que somente suporta IPv6. A recomendação, segundo Gaytán, é que o usuário que somente suporta IPv4 atualize sua infraestrutura para suportar dual-stack e poder conectar-se com IPv6.
Infraestrutura crítica. Edmundo Cazarez-Lopez, de NIC México, apresentou a proposta de reservar endereços IPv4 para infraestrutura considerada crítica ou essencial para a operação da Internet na região. A iniciativa procura criar uma reserva equivalente a /15 do IPv4, que exista de forma independente às reservas de terminação do espaço de endereços. Esses endereços seriam usados para cobrir os pedidos destinados à implementação de infraestrutura considerada crítica ou essencial para a operação da Internet na região.
Um requisito menos. Julião Braga propõe à comunidade de LACNIC eliminar a referência ao estado “multiprovedor ou não multiprovedor” dos solicitantes de endereços. Essa eliminação de referência ao estado “multiprovedor ou não multiprovedor” também anularia o requisito que menciona “estar usando 50% do espaço solicitado como mínimo”, homogeneizando o texto como “25% do espaço solicitado.”
Designações para usuários finais IPv6. Também vai estar em discussão em LACNIC 25 a mudança impulsionada por Jordi Palet Martinez de Consulintel acerca da alteração de designações diretas IPv6 para usuários finais. Segundo Jordi, “esta política foi desenhada a partir da equivalente para o IPv4, e tem considerações que não fazem sentido para o IPv6”. A proposta altera o texto para ajustar essas considerações à realidade do IPv6.
Alocação inicial IPv6. Jordi Palet também propôs a mudança de outra política para a comunidade de LACNIC: a alteração do tamanho de alocação inicial do IPv6. Quando foi desenhada a política, segundo Palet, não foram levados em conta os casos de organizações que não necessariamente são ISP no sentido tradicional, mas governos, redes acadêmicas, ou outros possíveis casos similares. Estas organizações -por seu tamanho, número de usuários, extensão da infraestrutura, estrutura hierárquica e/ ou geográfica, entre outros motivos segundo Palet – poderiam não justificar suficientemente uma necessidade maior a /32 com o texto atual da política.
Por isso, Palet propõe criar uma nova secção para este tipo de organização: “Tamanho de alocação inicial para LIR que não são ISP (governos, associações, redes acadêmicas ou outros casos similares)”.
Tamanho e sucessivas designações diretas IPv6 para usuários finais. Palet fez uma terceira proposta de alteração de política sobre o IPv6 relacionada com o tamanho e as sucessivas designações diretas IPv6 para usuários finais.
Segundo sua opinião, agora essa política limita o tamanho máximo das designações, pelo que propõe que as designações sejam de blocos sempre maiores ou iguais a um /48 e que, sempre que possível, sejam feitas a partir de um bloco de endereços adjacentes.
A proposta altera o texto para ajustar estas considerações à realidade do IPv6 já que, diz Palet, não faz sentido colocar limitações às necessidades reais.