LACNIC em eCrime 2017: uma paisagem que muda e ameaça
31/05/2017
O phishing (site fraudulento) cada vez está mais especializado, e contendo, em muitas ocasiões um vírus que criptografa e solicita recompensa (ransomware) ao usuário afetado, segundo reportaram vários especialistas durante a conferência anual sobre Investigação de Crimes Eletrônicos (eCrime 2017).
Os especialistas advertiram sobre a natureza mutante do cibercrime e os desafios de lidar com essa paisagem ameaçadora e dinâmica.
Graciela Martínez, responsável do WARP de LACNIC, participou ativamente da reunião eCrime 2017, realizada em Arizona (Estados Unidos), onde foram analisados os principais incidentes de segurança no mundo.
Uma das conclusões mais importantes foi que os criminosos cibernéticos têm migrado muito para o ramsoware porque tem mais vantagens cobrar as recompensas em bitcoins já que é uma moeda muito difícil de perseguir, disse Martínez.
Também, segundo os casos apresentados, os phishing são cada vez mais sofisticados e fica muito difícil para os usuários finais a sua identificação.
Martínez interveio em um painel fazendo um relatório sobre o cibercrime na região da América Latina e o Caribe. Segundo os últimos dados do WARP de LACNIC o phishing lidera as denúncias https://warp.lacnic.net/estadisticas/.
“É um tipo de cibercrime que não vai parar”, afirmou a responsável do WARP de LACNIC.
O uso dos dispositivos móveis tem provocado um aumento dos casos de phishing. “A maioria das pessoas se conecta desde os celulares. Seu uso aumentou o phishing porque a tela é menor, e em geral o usuário não se conecta com antivírus. Perdem-se os detalhes que alertam sobre os sites fraudulentos”, explicou Martínez.
Também os criminosos cibernéticos têm aperfeiçoado seu acionamento e agora realizam até sites fraudulentos supostamente seguros para os internautas. Segundo os dados ministrados durante as conferências sobre eCrime 2017, o registro dos domínios maliciosos atingiu níveis recorde em 2016. A simulação de domínios é uma das técnicas mais usadas.
E as pessoas se especializam cada vez mais jovens. Um exemplo claro é o caso de um jovem de 18 anos que estava na frente de uma das maiores organizações fraudulentas da Internet. “A Internet mobilizou tudo: a economia, os negócios e também os criminosos”, resumiu um dos palestrantes do Simpósio anual sobre Investigação de Crimes Eletrônicos.
eCrime 2017 analisou o desenvolvimento de recursos comuns e melhores práticas para combater o crime eletrônico e responder perante o avanço do cibercrime. Além disso, discutiu sobre o desenvolvimento de programas de sensibilização cidadã para ajudar a garantir um ambiente de computação seguro.