A implementação IPv6 nas redes e na última milha
06/10/2020
O tutorial “Operação de redes em IPv6” abordou a realização de um plano de endereçamento IPV6, a transição para IPv6 em pilha dupla, aspectos técnicos e implementação do IPv6 nas redes massivas na última milha (usuário final).
Alejandro Acosta, Uesley Correa e José Cotúa lideraram esta capacitação no LACNIC 34 sobre implementação de IPv6 na operação de redes, com cerca de 200 participantes.
Atualmente 96% das organizações associadas ao LACNIC receberam recursos IPv6, e 47% já possui esse recurso configurado na sua rede. Este número aumentou 30% no último ano.
Acosta apresentou um “Plano de endereçamento IPv6 e um pouco mais”, o qual definiu como o modo, as ações e o modelo sistemático para dar andamento às alocações de endereços IP em uma rede.
Sinalizou que um plano desse estilo permite às operadoras de rede ter maior eficiência na rede (tabelas de rotas menores), melhor ordem, políticas de alocação mais fáceis de implementar, facilitando, ao mesmo tempo, a documentação. Destacou também a facilidade nas alocações futuras e na ascensão, bem como o apoio a um crescimento mais organizado da rede.
Posteriormente, Uesley Correa compartilhou com os participantes do tutorial a apresentação “Transição para IPv6 em Pilha Dupla”, um método proposto para obter uma transição gradual para o IPv6. Neste caso, é necessário contar com uma quantidade suficiente de endereços IPv4 para conseguir implementar as duas versões do protocolo em simultâneo na rede toda. “Consiste em entregar simultaneamente endereços IPv4 e faixas IPv6 a cada cliente conectado na rede. Desta forma, quando for estabelecida uma conexão para um destino unicamente IPv4, será utilizada a conectividade IPv4 e se for para um endereço IPv6, será utilizada a rede IPv6”, afirmou Correa.
Mais tarde o instrutor realizou uma prova de gestão em um laboratório virtual com configurações IPv6, para verificar se foram recebidos os endereços IPv6 atribuídos a estas conexões.
No encerramento do tutorial, José Cotúa detalhou os aspectos técnicos sobre a implementação do IPv6 nas redes massivas de última milha (usuário final).
Destacou a tecnologia GPON, que se encontra em pleno crescimento. Cotúa afirmou que GPON possui características importantes quanto à qualidade do serviço dos clientes.
“Uma vez que o tráfego entra, podemos implementar elementos de diferentes serviços para os clientes”, afirmou o especialista.
Depois compartilhou detalhes técnicos de como desenvolver configurações com esta tecnologia e assegurou que com GPON, os usuários da Internet vão entrar na verdadeira era de maior consumo de largura de banda.