IPv6 em busca do passo definitivo
30/04/2014
Durante sete semanas, profissionais e especialistas de LACNIC visitaram mais de 36 operadores da região e várias outras organizações governamentais de nove países da região para informar acerca do iminente esgotamento do estoque regional de endereços IPv4 e das mudanças tecnológicas que devem ser implementadas para permitir o normal desenvolvimento da Internet.
A turnê, considerada bem sucedida pela organização, mostrou que a consciência da mudança para o IPv6 está instalada, “falta dar o passo definitivo para implementar o protocolo”, afirmou Juan Peirano, responsável de políticas de LACNIC.
Além das visitas personalizadas, foram realizadas cinco palestras virtuais sobre esgotamento e IPv6 com a participação de mais de 200 pessoas.
Juan destacou a receptibilidade das empresas e das organizações governamentais de todos os países visitados. “Há consciência de que a transição deve ser dada. Vai depender de cada organização quão rápido possa passar para o IPv6”, afirmou.
O técnico salientou que durante as visitas vários provedores ficaram surpresos pela data de esgotamento do IPv4 –nestes dias- e assumiram o compromisso de acelerar a transição. “Um aspecto fundamental é que as organizações tenham recursos humanos para levar adiante os planos do IPv6”, afirmou Peirano.
De acordo com suas estimativas, espera-se ter pelo menos duas empresas de grande porte na América Latina de forma completa IPv6 em todos seus serviços.
Também a nível oficial houve boa receptibilidade, com países que estão trabalhando há tempo com leis para promover o uso do IPv6.
Hoje, mais de seis de cada dez organizações da Internet da região possuem pelo menos um bloco de endereços IPv6, a nova tecnologia da Internet substitui o antigo protocolo IPv4.
O Brasil lidera o ranking dos países com maior quantidade de designações do IPv6, seguido da Argentina, Colômbia, México, Chile, Costa Rica, Equador, nessa ordem, segundo os registros técnicos de LACNIC.
As opiniões expressas pelos autores deste blog são próprias e não refletem necessariamente as opiniões de LACNIC.