Ranking World Wide Web Foundation
04/10/2012
Chile, México e Brasil líderes na região
Chile (19°), México (22°) e Brasil (24°) são os latino-americanos melhor posicionados no primeiro ranking mundial de países onde melhor funciona a Internet, segundo o relatório realizado pela World Wide Web Foundation (thewebindex.org/data/index/).
O ranking – que mede o papel da Internet na vida das pessoas – fez o levantamento em 61 países do mundo todo. A Suécia foi a campeã, seguida pelos Estados Unidos e a Grã Bretanha. Segundo o relatório, a Internet ainda é uma fonte muito pouco explorada na maioria dos países e há um enorme fosso digital entre os continentes: na África usam a Internet menos de uma em cada seis pessoas, quando a média de uso a escala global é de uma em cada três.
Para classificar os países, a World Wide Web Foundation levou em conta critérios como a qualidade e extensão da infraestrutura de comunicação, as políticas que regem o acesso à Internet, os níveis de ensino para tirar o maior proveito dela, a percentagem da população que usa a Internet, e o impacto que tem essa ferramenta a nível social, econômico e político. Na América Latina e o Caribe, atrás do Chile, México e Brasil, foram localizados a Colômbia, Argentina e Equador.
Abertura sob ameaça. Neste mês também foi divulgado o primeiro relatório Netizen para a América Latina e o Caribe, uma ideia surgida na recente Cúpula de Global Voices em um esforço para mostrar as numerosas ameaças às que a Internet aberta está submetida na região.
Esse primeiro relatório esteve focado em projetos de lei recentes que afetam os direitos fundamentais dos usuários da Internet na região. Nos últimos dois meses, os governos de vários países – Costa Rica, Peru, Equador, entre outros– têm considerado projetos que afetam a liberdade de expressão, o acesso à informação, o anonimato, e a privacidade on-line.
Em contraste com esses projetos, o relatório salienta a iniciativa Marco Civil da Internet (Marco Regulatório Civil da Internet), ratificada pelo Congresso brasileiro. Essa lei, única no contexto mundial, enfatiza a proteção dos direitos fundamentais on-line, pretendendo equilibrar os interesses do usuário, das empresas e do governo no que diz respeito a questões como direitos autorais, troca de arquivos, redes P2P, entre outros.
O relatório também salientou o trabalho do Fundo Regional para a Inovação Digital na América Latina e o Caribe (FRIDA), uma iniciativa do LACNIC que procura contribuir ao desenvolvimento da Sociedade da Informação em nossa região oferecendo financiamento para projetos de pesquisa (através de pequenas subvenções) e reconhecendo e premiando iniciativas inovadoras no uso das TIC para o desenvolvimento (por meio de chamadas de candidatos).
Para acessar ao relatório completo, clique aqui.
As opiniões expressas pelos autores deste blog são próprias e não refletem necessariamente as opiniões de LACNIC.