IPv6, um excelente negócio para aumentar o número de clientes

29/10/2015

IPv6, um excelente negócio para aumentar o número de clientes

Uma das redes privadas da Internet más mais extensas da América Latina e o Caribe já está oferecendo seus serviços no IPv6, permitindo a seus operadores atingir novos negócios e ampliar sua oferta de serviços perante à concorrência.

IFX Networks, com 14 anos na indústria e presença em 16 países da América Latina, sente que é o pioneiro na implementação do IPv6 a nível privado e acredita estar coletando os benefícios da decisão do seu Conselho Diretivo quando dois anos atrás, decidiu investir na mais recente versão do protocolo da Internet perante os anúncios do esgotamento dos endereços IPv4 na América Latina e o Caribe.

A IFX Networks é um claro exemplo bem-sucedido da transição do IPv4 para o IPv6. “Éramos cientes que tínhamos que dar esse passo”, afirma Andrés Gallego, gerente regional de Produto e Marketing da IFX Networks, em diálogo com LACNIC News durante o último encontro de LACNIC realizado em Bogotá (Colômbia).

O IPv6 é considerado um produto dentro da companhia?

O IPv6 é considerado uma funcionalidade dentro do produto IP da companhia.

A IFX Networks foi a pioneira na Colômbia em ter uma rede dual stack (opera de forma simultânea no IPv4 e IPv6).

A funcionalidade do IPv6 começou a ser implementada há um ano e meio, quando todo produto que nós entregamos com conectividade, é entregue com dual stack, oferecendo assim um serviço tanto para o IPv4 quanto para o IPv6. Isso acontece para todos os nossos clientes: mercado corporativo, pequenos, médios e até grandes operadores (ISP ou carriers).

Um carrier com serviços de IFX, é capaz de oferecer o IPv6?

É, sim. Todo o backbone em que é apoiada nossa rede já tem a funcionalidade do IPv6. Portanto, toda pessoa que use esse backbone tem IPv6 sobre a sua rede, somente faltaria ele implementá-lo sobre seu acesso.

Qual foi o motivo de vocês incluírem na sua oferta o IPv6?

IFX foi a pioneira em implementar uma rede dual stack. Foi o entender para onde estava indo o esgotamento dos endereços IPv4 e vê-lo como um negócio. Ai é quando percebemos que se migrarmos ou fizermos a transição para o IPv6, vamos ampliar o  nosso negócio ou ampliar a vida útil de uma companhia. Por quê? Porque vamos poder continuar prestando os serviços já implementados, mas também incorporar funcionalidades que ainda não tínhamos. Todos os endereços IPv6 agora são públicos: isso quer dizer o quê? Que tudo fica mais fácil para as questões de videoconferências, conectividade, telemedicina, demótica, entre outros.

Em que área da companhia foi gerada a ideia de implementar o IPv6?

Em Marketing e Produto. A área de implementação faz ou constrói segundo o observado no mercado pela área de Marketing e Produto.

O que fizeram para convencer à cúpula da empresa que tinha de investir no IPv6?

Fica difícil convencer um empresário sem que o nosso negócio esteja dando lucro. Mas o que devemos fazer é olhar para o futuro. Quando olharmos para o futuro e percebermos até onde podemos chegar ou quais negócios podemos atingir, a gente se convence. Isso foi o que aconteceu. Nosso Conselho Diretivo optou por adiantar-nos no tempo em relação ao que podia acontecer ou ao que está acontecendo agora, em que alguns operadores tem poucos endereços IPv4.

A companhia se convenceu de que implementando essa nova funcionalidade podíamos ter novos negócios, ampliar nossos portfólios de serviços.

Vocês tiveram que superar muitos obstáculos?

Naquele momento, nem todos os provedores de equipamentos tinham as funcionalidades do IPv6. Portanto houve problemas para migrar. Foi bastante complexo convergir tudo para uma única rede. Neste momento se tem, mas tem sido dado pelo esgotamento do IPv4. Quando as pessoas começaram a tomar consciência do esgotamento, foi quando começou a fazer a migração toda.

No seu caso, quanto tempo levou o processo?

Desde que começamos, levou um ano e meio implementar a rede dual stack. E já levamos mais dois anos prestando o serviço de forma contínua.

Você acredita que a IFX está posicionada diferente em relação a outras empresas por implementar antes o IPv6?

Acredito, sim. A IFX é o backbone com a rede pública privada mais extensa da América. Isso nos faz pensar que devemos sempre ser os pioneiros em alguma coisa. Estamos convencidos de que esta transição deve ser feita.

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